terça-feira, 15 de setembro de 2015

Cedo ou tarde, você para parte

Lá atrás, não muito atrás, “gigs” eram aqueles jovens estudantes e ou universitários que tocavam um instrumento e faziam bico, ou “davam canja”, para descolar um troco. E com esse troco tocavam, além de instrumentos, e ainda que precariamente, a vida. Hoje todos fazemos GIGS, hoje todos somos – ou seremos – GIGGERS. Sempre que possível faremos um bico.
AIRBNB e UBER são dois dos expoentes da GIG ECONOMY. Pessoas descolando uma graninha com a utilização de seu automóvel para transportar outras pessoas, ou cedendo um quarto de seu apartamento, ou uma sala ou espaço de seu escritório, para outras pessoas carente de espaço e acomodação.
Nos ESTADOS UNIDOS, hoje mais de 1 milhão de “giggers”, também conhecidos como “makers”- médicos, advogados, arquitetos, artistas, donas de casa, enfermeiras -, vendem a produção de suas horas vagas ou de giggers, através do marketplace ETSY. De certa forma, um retorno ao século 18 e as descrições de ADAM SMITH sobre a riqueza e ao bem-estar das nações.
Os últimos dados dão conta que hoje nos Estados Unidos, em tempo parcial ou integral, 2.1 milhões de americanos ganham a vida dessa maneira. A chamada “gig economy” foi responsável nos últimos 4 anos por 30% da “empregabilidade” dos novos entrantes no mercado. E claro, o tsunami tecnológico tem tudo a ver com isso. Com esse salto em direção ao futuro que, de certa forma, não deixa de ser uma espécie de retorno a uma parte do passado. E cá entre nós, onde as pessoas eram mais felizes.