quarta-feira, 14 de julho de 2010

AUTENTICIDADE da UNILEVER

Hoje vou comentar um projeto que brilha há 20 anos. Além de revolucionar a categoria, conquistou a simpatia, adesão e veneração das chamadas MULHERES DE VERDADE. Isso mesmo. Vamos trocar uma idéia sobre o projeto DOVE / UNILEVER.

De carne e osso, gordas, magras, altas, baixas, peitudas, sem peitos, e tudo o mais. Falou a seus corações. Enterneceu. Tocou fundo. E assim foi até dois anos atrás, quando encerrou essa fase magistral e irretocável com o comercial antológico dirigido às mães, pedindo que orientassem suas filhas adolescentes antes que a indústria das plásticas e dos procedimentos invasivos fizesse a cabeça delas.

De lá pra cá uma tragédia só. A começar pela falta de AUTENTICIDADE da UNILEVER, contestada mundialmente por sua indisfarçável e descarada inconsistência, ao recomendar que as mães cuidassem de suas filhas – DOVE – e liberassem seus filhos – adolescentes cafajestes – AXE – para atacarem as filhas adolescentes de suas amigas e vizinhas.

De uma forma tosca, grosseira, ofensiva, absurda. A ponto de merecer um mega puxão de orelha da CAMPAIGN FOR A COMMERCIAL FREE CHILDHOOD, e, ainda, e de quebra, do GREENPEACE, por outros motivos.


E aí, pra piorar, jogou a marca DOVE – exclusivamente feminina – no lixo. Lançou produtos para os homens com a mesma marca. Por uma análise medíocre dos resultados de uma pesquisa.

E pra completar, e segundo o portal UOL, ao recrutar as protagonistas para os comerciais de DOVE da próxima campanha passou a fazer uma série de restrições às MULHERES DE VERDADE. “O anúncio recruta mulheres entre 35 e 45 anos, que não sejam modelos ou atrizes, e que não devem ter pele flácida, tatuagens ou cicatrizes, além de uma boa pele e cabelos que são decisivos na escolha”.

DOVE, ascensão e queda de uma MARCA que chegou lá. Da base ao topo. Do topo a base. 

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