terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Nem senta e nem chora...

Pelos mesmos caminhos dos pregadores e missionários, hoje mais conhecidos como televangelistas, SIDNEY OLIVEIRA traçou sua estratégia. Um único ponto de venda analógico, uma forte e competente estrutura de logística e delivery, e mídia de massa intensa comprando, originalmente, sucata de espaço pelas madrugadas. E depois espaço em melhores horários. Converteu-se numa lenda. Converteu-se numa espécie de profeta. Oferece, supostamente, por preços mais acessíveis, remédios com princípio ativo para a existência e ou sobrevivência na terra. É, sabidamente, parceiro comercial de uma facção da Igreja Católica.
Já os pregadores oferecem sucesso e felicidade em possíveis próximas vidas garantindo um colchão de proteção para as tristezas e para a alma. Enquanto EDIR consagra-se com seu mega templo na cidade de São Paulo, um monumento ao grotesco e lamentável, suportado pelas santas migalhas de milhões de fiéis consolados, SIDNEY agora lança uma linha de produtos que levam seu nome/MARCA. Num país onde pode tudo embora e em tese exista agência reguladora para os males dos físicos e liberdade plena para os males da alma – em questões de religião, e independente das garantias constitucionais, nem o mais sincero, verdadeiro e ingênuo dos políticos tem um tostão de coragem de meter o bedelho e dar palpite. Muito pelo contrário, todos se ajoelham e rezam.
E assim segue o Brasil. De certa forma, com maior ou menor intensidade, assim segue o mundo. O dinheiro é de cada um e cada um faz o que quer com ele. Até jogar fora, ou alimentar as indústrias de placebos para o corpo e para a alma. Até porque, e salvo prova em contrário, placebo também cura.
Senta e chora. Ou nem senta e nem chora. Respeite a liberdade dos outros, por mais tolos que se revelem a seus olhos. Fazem por merecer. Repito, respeite. Volto a repetir. Muito especialmente para minha pessoa que certas horas tem vontade de imitar JC em relação aos vendilhões dos templos. Aos mercenários da ignorância.

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